Uma mensagem pagã

 Hoje houve Ensaio da Orquestra e do Coro na irmandade comum de meu tio, em sua fase de solteiro.

O quanto mais eu faço o movimento de encontro à Graça que conheci por menina, mais também me é exigido um esclarecimento por parte das casas onde não menos ardentemente e fervorosamente já frequentei.

Peço primeiramente, à Igreja Batist, favorecida pelo meu atual Batismo, seja questionada sobre à sua porção, arrecadada pelo dízimo Católico, que aceitou meu primeiro Batismo na Immanuel Baptist Church de Skagit Valley (se é que de fato eu esteja ainda em contribuição com qualquer que seja a casa de oração).

Da mesma forma, não me omitirei de meus ideais políticos no que diz respeito às Igrejas onde já servi.

Este post em particular, é para falar do Carnaval, festa esta, que é execrada pela atual doutrina a qual me proponho.

Não pretendo sair de casa nos dias das festas de Carnaval. É muito perigoso. E acredito também que não me agradarei de assistir aos desfiles, ou à escolha dos sambas-enredo, essas atividades que até o ano passado me agradavam bastante, diante da ilusão de minha participação na festa, em cumprimento da aceitação do mundo pelo meu pronunciamento.

Mas, já há alguns anos, eu estive ponderando algumas coisas. 

A ala "Musas da Sambaíba", por exemplo. Àquelas mulheres que simpatizam com a equipe que trafega pelas pistas. Existe uma humanização nesta relação porque o trabalho de motorista principalmente, automatiza muito o trabalhador. São muitos os que conseguem trabalhar com um sorriso no rosto, Graças à Deus por isso. E devido à isso, a história proposta é que seja contada de qual forma os bairros afastados, em declive e com eletricidade ligada clandestinamente recebe sua conquista de primeiras linhas de ônibus à se aproximar, a luta desses motoristas e cobradores, que muitas vezes, trabalham até de madrugada por esses bairros hostis, até a conquista de um Epicot/satélite artificial, que traz o desenvolvimento àquela comunidade. A Escola de Samba que trouxer as "Musas da Sambaíba" também se abordará a ala de "ciclistas da periferia", que desbravam as limítrofes e descobrem partes da cidade onde deverá ir o desenvolvimento e a infraestrutura. Os ciclistas da periferia também são responsáveis por conseguir explorar o trânsito quando há sinal de alguma obstrução no tráfego removendo linhas de ônibus de seu itinerário sem aviso prévio por mais de 24 horas. A Escola de Samba escolhida, também falará da luta das frotas de taxi pelo advento dos app de carona, os motoristas e os entregadores por aplicativo que conseguiram manter a família através da pandemia.

https://ms-dos1991.blogspot.com/2022/12/placas-solared.html

A conquista de um Epicot é um movimento 100% político, ao qual convém também as festas pagãs (no que diz respeito ao povo). Mas nem assim a Igreja Cristã passa despercebida do processo deste empreendimento. Caso esteja gostando deste artigo, leia o link acima também.

Quanto aos Blocos de rua, na contramão dos Blocos que já participam do Carnaval de rua, viessem as crianças e suas mães no "Bloco das Andorinhas": pelo batismo das crianças e o azeite das mães solteiras, encham de pureza esta festa tão pagã! Pois há mães que fazem questão do batismo católico apostólico romano à seus filhos, e não me omitirei sobre o valor disso também, apesar de estar muito satisfeita com minha frequência na Doutrina Cristã, e no meu caso, deve-se isto à minha tradição de frequência em cultos na infância, o que faz-me sentir em casa, e provoca certo estranhamento em qualquer outra irmandade em que eu vá.

O Bloco das Andorinhas deverá circular pela área da Santa Cecília, cuja matriz tinha um padre que celebrava a missa com suco de uva, devido ao alcoolismo, e incentivar as mães e seus "colegas" à praticarem a sobriedade. Nas dependências desta paróquia também está um Grupo de Narcóticos Anônimos muito tradicional, devido à regularidade das reuniões, e por ser central, frequentado por muitos membros em "estado de fundo-de-poço".

As crianças e mães da EMEI Patrícia Galvão, à Praça Roosevelt, o incentivo de decorar a Praça com anjinhos de caixa de leite e asinhas de peninhas brancas, para custear as fantasias das crianças suburbanas que gostariam de participar junto às crianças mais burguesas, e tão beneficiadas pela Igreja Católica. Dessa forma, venho explanar a dificuldade imensa de uma mãe solteira conseguir um bom padrinho/madrinha para batizar seus filhos. Padrinho/madrinha verdadeiramente comprometidos, sem as quais, não se consegue batizar as crianças.

Eu, nem em condição de conhecer os meus, o quão menos de servir como madrinha. E assim, segue-se a dificuldade da maternidade e da paternidade em nosso país.

Aos pais solteiros, separados, viúvos, pai-vôs, que também cuidam de seus filhos, filhas, netos e netas sozinhos, por circunstância do abandono das mães, algumas vezes por motivo de abuso de drogas, prostituição ou algum outro devaneio pecaminoso, eu desejo sinceramente que não haja falta de espiritualidade na convivência dos seus lares, diante da ausência da presença materna. Que Wal**** consiga ensinar Lau*** e Luí*** sobre a Casa de Deus. Que Paulo Eduardo continue a conseguir levar Paulo Neto aos cultos. Que Ali consiga ajudar Vicky a ser uma mãe espiritualizada para Gênesis e Egypt, e cuide ele também de sua própria espiritualidade. É claro que minha doutrina me ensina a crer que eu partilharei dessas histórias em suas progressões de vida. Mas oro para que cada um de vocês encontrem acolhimento no local de conforto e liberdade para a prática individual da sua fé. Da mesma forma que sinto na irmandade da CCB hoje (e mesmo nos piores dias da minha adicção ativa. E não diferente em todas as minhas tentativas prévias de re-aproximação). A acolhida não foi diferente de forma alguma na Immanuel Baptist Church, nem na Paróquia São Roque ou na Paróquia Santa Terezinha, onde também me instruí acerca de Deus. Mas encontro hoje tanto motivo o quanto favor diante de uma única escolha. Que o Senhor me abençoe por toda a vida, com desejo sincero de buscá-Lo. E que minha vida seja farta em anos servindo à Deus. Pois o sincero desejo de buscá-Lo e servi-Lo é dádiva e benção. Essa iniciativa não nasce somente dentro de mim - é inspiração Divina.

Quando em Sua casa sou confrontada e criticada, sei que estou em desacordo. Mas é Tua vontade e Teu desejo de me encontrar à Tua presença de acordo com Tuas exigências o que traz as cobranças. Ainda estou muito faltosa, e não me orgulharei neste instante de qualquer que seja a conquista. Para ser perfeito, Ele precisa estar no lucro por minha causa. Foi isso que determinei por meta. E neste instante, ainda me cubro de vergonhas, inclusive no que diz respeito às minhas próprias críticas e confrontamento, ao qual encarrego ao meu objeto de amor. E por toda a minha Súplica, toda a minha tristeza, toda a vergonha à qual se encarrega suas fraquezas: sei que o inimigo quer nos sobrepujar ao nos fazer sentir impotentes, por causa de toda a liberdade que Deus nos dá, e toda restrição que o inimigo impõe. É muito difícil extinguir a influência do mal. De certa forma, este artigo que fala de minha possível influência na festa pagã, trata-se disso também - minha resistência à abandonar TUDO que diz respeito ao mundo. Sempre há alguma coisa que quer tomar espaço em mim, e se infiltrar na minha decisão crente.

O pastor Dominguinhos do Esdras falou mais de uma vez sobre isso. Ele pediu em um culto carismático, que Dizan, nossa colega de quarto, fosse à janela de nosso pequeno salão comunitário, onde celebrávamos cultos, inclusive com irmãos da Congregação aos sábados. O Pastor Dominguinhos pediu que Dizan fechasse a janela de vidro cuidadosamente. Quando a fresta aberta fosse de meio centímetro, o pastor pediu que ela observasse o tamanho da passagem de ar. E ele disse que esse era o tamanho da brecha que o inimigo precisava para minar a nossa vida totalmente.

Por isso, e por tantas outras coisas, eu sei que a liberdade que tenho é restritiva à minha comunhão com meu Deus.

Muitas partes de nós é dividida entre Deus e o inimigo. E não devemos achar que Deus concorda com isso. Deus é ciumento. Ele permite muitas coisas, e abomina a tantas outras.

Delinear o tênue limite que Deus irá aceitar em mim, e a forma como eu devo surpreendê-Lo no exercício da minha fé, da forma como meu esforço permite - eis a decisão Dele por mim. E se fui galardeada, abençoada hoje, que ainda assim eu esteja em seus planos para servi-Lo amanhã. 

Deus de Eterna bondade e grandeza. És um assunto infindável.

Hoje é Natal, e eu não faço nada de especial. Mas para muitos é dia de trabalho, apesar de todo o comércio estar fechado. Policiais combatem arriscando a própria vida nesta festa que tornou-se pagã, apesar do fundamento cristão. E assim, as drogas tomam espaço, e PMs sentem o perigo de suas profissões. Eles, também cingidos de Vossa proteção, consigam mostrar ao inimigo que a Polícia é acima de tudo uma corporação de fins sociais, e que a Polícia quer na verdade que tudo acabe bem para todos, inclusive para os criminosos, junto à estabilização de seu comportamento de teor doentio, que exercem nesta sociedade. Àqueles homens que me protegeram, me pouparam, serviram como "testa de ferro" quando o perigo quis me arrasar, eles eram PMs, alguns eram militares - o finado marido, o avô, o líder da igreja, o meu coordenador no Esdras. Às vezes meu desejo é ser igualada às PM mulheres, para vos merecer. É tolice e ingenuidade minha: vocês são a classe mais elevada da nossa sociedade. Por um salário quase gratuito se tornam anônimos de si, e emprestam a sua liberdade, o seu livre-arbítrio, a sua grande pureza para nos proteger. O quão grandiosa é a trajetória do carro fardado: dos motoristas de ônibus às viaturas - essas as mais gloriosas conduções são à quem as merece conduzir!

Com muito amor,

Thaís Fernanda Ortiz de Moraes