Isabella

Vi a Isabella pela primeira vez em minha consciência de ser em 2014.

Ela já tinha 19 anos, e estava vendendo artesanato na Avenida Paulista.

Depois, eu cruzei com ela em frente à Farmácia. Estava morena e um pouco mais gordinha. 

Para mim, é estranho ver essas crianças todas adultas e estruturadas.

Eu não consigo desrespeitar, ofender, nem competir com a integridade humana da completude do ser, ele totalmente um indivíduo capaz, ou forçá-lo para que outros indivíduos peçam licença para ter um corpo, uma mente e um espaço para existir.

A ciência médica da Pediatria garante que os jovens sejam acompanhados ao desenvolvimento fisiológico natural, independentemente da densidade corpórea que eles possuam. A isso se deve o Exame do Pezinho.

Pessoas violentas não podem nem devem ter o direito de socialização. Se vocês acreditam que amputações fora do ambiente da AACD é uma forma de praticar a Emancipação econômica e promover os Ministérios do Governo, é devido a isso que o SUS está endividado, apesar da maior arrecadação do país.

A formação de quadrilha que se regozija no sentimento de impotência do momento de abuso físico e psicológico precisa encontrar outras alavancas de mecanismo para promulgar seus eventos de cidadania, arte, esporte e políticos. As pessoas nesta quadrilha que agem com violência precisam ser neutralizadas.

Em Londres nos anos 1990, esse tipo de comportamento foi substituído pelos tablóides de jornais comunitários: o assunto que queriam tratar era divulgado dentre o comércio do centro da cidade, e os jornalistas do bairro escreviam sobre as discussões em tempo real. As torturas foram substituídas por argumentos pesados sobre causa e consequência de mecanismos políticos, que jornalistas escreviam em seus tablóides. As salas de jantar de muitas casas eram o cenário destas discussões, exemplificando o Parlamento Britânico. Instalação de sistemas de tubulações interligados permitiram que as discussões fossem todas divulgadas por jornalistas e opinadas pela juventude, sem que as crianças tivessem que participar presencialmente de reuniões com álcool e palavreado adulto.

A pressão psicológica por algo à se resolver é o problema a ser resolvido em si. Apelar à chantagem, violência e abuso, é corrupção e incompetência, além de não resolver o que se propõe.

Quando chegar os cortes de seda, não os transforme em panos de chão para limpar o sangue desta sujeira.

Atenciosamente,

Thaís Fernanda Ortiz de Moraes