Logo mais
De certa forma, nutrimos.
Plantas, amor, perdão, saúde, salvação e esperança.
Nutrimos a imagem de uma saudade que já passou
de um tempo abstrato porque é distante do que se vê.
Quando o abandono nos intriga
entendemos que não pagamos
as satisfações à família.
E temos esperança
que alguém interceda por nós.
Se tivéssemos Nossa Senhora
nem teríamos sido abandonados
Se tivéssemos Krishna, algum santo, qualquer nome
Cristo estaria do nosso lado.
Se estivéssemos aprendendo algo
não nos retrocederiam em seus próprios pecados
Sabermos um segredo
é a chave de sua raiva.
Eu aceito a exploração
escravidão
desalento
Eu protejo até o ponto
em que não enviem estupradores a minha casa
Se escolho meus meninos
para satisfazer os meu desejos
Não me enviem marinheiros
menores de idade.
Eu fico no meu canto
esperando a exatidão da vida
corroendo meu descanso
e me deixando envelhecida
Não, ninguém irá querer meus prantos
nem o último momento
de carinho, acalanto
Isso não existe
isso é feixe
de sol por dentre as grades
A prisão da cama ao quarto
sem teus pelos
em meus dedos.
Sequencialmente,
Thaís Fernanda Ortiz de Moraes
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