Desfrutador Supremo

 Quando chegamos ao ponto da leitura do Bhagavad Gita sobre Krishna como o Desfrutador Supremo, algumas pessoas não-devotas (como eu também não sou), se perguntam porque deveriam ser instrumento do regozijo e Desfrute de Deus.

As pessoas normais são egoístas e sentem que o Livre-arbítrio cedido ao indivíduo por Deus somente habilita nossa independência para sermos capazes de gerir a vida na terra, se formos totalmente separados de Deus e do próximo. As famílias se tornam protecionistas e os grupos se tornam separatistas, para que haja uma identificação limitada e mais aproximada com o próximo. Obviamente, esse é o motivo de guerras, colapsos sociais e econômicos.

São assuntos muito aproximados: nossa relação de agrado e respeito mútuos na convivência com o próximo, com nosso próprio corpo, com a natureza, com os alimentos, com os animais; a forma como nos relacionamos com as ciências; e como permitimos o desenvolvimento da tecnologia. A nossa inter-relação com esses aspectos da vida na terra e no universo, que evolui através dos séculos, é como Deus experimenta sua percepção da humanidade. 

A questão é simples: se não tivermos o desejo de agradar a Deus como premissa em cada uma das atividades mencionadas acima, há uma consequência adversa, considerando que: Deus é bondade, Deus é a Natureza (e as Suas Leis), e Deus sempre É o que veio Primeiro e o que está Porvir. Logo, se desobedecemos a bondade, a Natureza e renegamos o que veio Primeiro, nos separaremos do que está Porvir.

As Profecias mais antigas, seja no Budismo ou no Catolicismo, vê um Porvir de paz na terra, onde as Instituições religiosas (monastérios e a disseminação do Vaticano pela Europa), abraçam o arrependimento dos pecadores e dissolvem o pecado na terra, para que todos vivam com sustentabilidade. A humanidade tenta no momento utilizar a tecnologia para minimizar os efeitos negativos da poluição e viabilizar um planeta ideal. 

Algumas outras religiões acreditam que o Porvir Divino acontecerá em forma de uma contemplação de prazer indescritível à Perfeição de Deus por Toda a Eternidade.

Seja na terra, ou em outro planeta de adoração à Perfeição Divina (Goloka Vrinadavana - Hare Krishna), o Porvir da Perfeição somente estará acessível àqueles que procuram ser veículo e instrumento do regozijo e desfrute do Senhor.

Haribol.

Thaís Fernanda Ortiz de Moraes